Feases d'Outros

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aspasPara o Estado, seja governo o PS ou o PSD, os cidadãos não passam de números com nove algarismos destinados a pagar a sua máquina. Mais do que um mecanismo de redistribuição e de justiça social, o fisco português assume a pose do xerife de Nothingham, mais preocupado com a extorsão do que com o cumprimento de deveres. A sua eficácia foi útil quando a troika aterrou na Portela e foi necessário aumentar receitas e continua a ser útil para manter a carga fiscal nos 35,4% do PIB.

[…] O Estado que é tão complacente com as dívidas fiscais dos mais poderosos ao ponto de decretar a eito perdões e regularizações amigáveis não pode ser assim implacável perante um cidadão comum” – Editorial de Manuel Carvalho, no Público.

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aspasA linha vermelha não está em calarmos situações inaceitáveis que são permitidas a um número significativo, infelizmente significativo, de membros da comunidade cigana; está em considerarmos que eles fazem o que fazem porque são ciganos. Na verdade, eles fazem o que fazem porque a sociedade, as forças da ordem, os políticos, a comunicação social, lhes permitem que o façam e penalizam quem queira impor o primado da lei, como sendo “racista”. E o mais absurdo é que grupos que ideologicamente deveriam falar não o fazem em nome de um anti-racismo puramente subordinado à luta política” – José Pacheco Pereira, no artigo “Trump e os ciganos”, publicado no jornal Público de 24 de Julho de 2017.

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aspasHá algumas coisas que aconteceram ao longo dos últimos quatro anos que alteraram a política global de uma forma que não pode ser corrigida. O Facebook e as redes sociais são fantásticos tenho família em Portugal com quem posso falar quase todos os dias, e isso é muito bonito. Mas vejo um post do meu primo no Alentejo e vejo também o post de alguém que partilha algo falso, errado, incendiário, e completamente inventado seja sobre a Hillary Clinton, Donald Trump, o Presidente Obama ou Michele Obama.

O meu maior motivo de preocupação é que as pessoas se estão a organizar e a viver em comunidades em que não interagem com pessoas que discordam delas. Nova Iorque é muito diferente de um condado rural do Iowa. Isso está a acontecer de uma forma que não acontecia antes. Uma segunda coisa que me preocupa é que parece não existir um local onde possas conseguir um facto de forma objetiva. O Presidente disse isto: “Quando nada é verdade, tudo é verdade.” Estamos cada vez mais a receber informação que apenas valida e reforça a nossa visão do mundo.

A minha preocupação é que isto causa uma desumanização das pessoas que discordam de ti. As coisas mais partilhadas nas redes sociais são as mais sensacionalistas, as mais estridentes. De repente, o desacordo com o amigo republicano não é apenas uma desacordo, mas algo como: “Eu nem sei como é que pensas dessa forma!” Quando isso começa a acontecer, a nossa política torna-se tribal de uma forma que não é compatível com uma democracia pluralista. Vês isto a acontecer na Europa, nos EUA, e à volta do mundo, mas não conheço ninguém que tenha uma boa solução. Não convences alguém a juntar-se ao teu lado se começas a conversa dizendo que está errado. Nunca.”

– David Simas, em entrevista à revista Visão, Dezembro de 2016.

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aspasExiste esta dor de não pertencer a nada, a dor de viver numa sociedade civilizada mas cuja civilização não chega a todos, cuja educação, informação, respeito ou qualquer tipo de amor não chega a todos; num mundo que desvaneceu a própria identidade, a humanidade e espiritualidade e se esqueceu que toda a gente devia ter o direito de ser livre, livre de ter uma identidade e que essa identidade não devia nunca ser avaliada ou incentivada pelo número de likes” – Tiago Bettencourt, na crónica Sobre o Medo, publicada na revista Visão, de 3 de Dezembro.

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aspasnão se pode ir ao fim do mundo sem querer lá voltar. Queria voltar ao fim do mundo uma e outra vez, porque uma e outra vez quereria recuperar o que no meu mundo (o centro?) parecia estar perdido: uma certa maneira de mostrar o amor.”
– Susana Moreira Marques, em “Agora e Na Hora da Nossa Morte”

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aspastroco dias de mensagens, votos de pesar, funerais nacionais (e agora até a obrigação de colocar os corpos no Panteão…) e luto oficial, por medidas minimalistas que ajudem a que se conheça a poesia portuguesa ou o cinema nacional”

– José Pacheco Pereira, da edição do jornal Público de 4 de Abril de 2015.

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