Feases d'Outros

Frases d’Outros

“Mais do que tudo, os portugueses precisam de exemplo. Exemplo dos seus maiores e dos seus melhores. O exemplo dos seus heróis, mas também dos seus dirigentes […].

Políticos, empresários, sindicalistas e funcionários: tenham consciência de que, em tempos de excesso de informação e de propaganda, a vossas palavras são cada vez mais vazias e inúteis e de que o vosso exemplo é cada vez mais decisivo. Se tiverem consideração por quem trabalha, poderão melhor atravessar as crises. Se forem verdadeiros, serão respeitados, mesmo em tempos difíceis.

Em momentos de crise económica, de abaixamento dos critérios morais no exercício de funções empresariais ou políticas, o bom exemplo pode ser a chave, não para as soluções milagrosas , mas para esforço de recuperação do país.”

António Barreto, no discurso das comemorações do 10 de Junho – Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades

___________________________________

Depois de analisados os resultados das últimas eleições para o Parlamento Europeu, dos quais sobressai a elevadíssima taxa de abastenção e de onde, por sua vez, se conclui a assustadora alienação do eleitorado perante vários temas que os afectam directa ou indirectamente nas suas vidas, o discurso de António Barreto durante as comemorações do 10 de Junho não pderia ter sido mais oportuno.

António Barreto, a par de Eduardo Lourenço, deverão ser as personalidades que melhor têm estudado o “ser” português e as transformações que se têm vivido em Portugal nas últimas décadas. Um de uma perspectiva interna, de dentro; e outro de um Portugal visto de fora.

O texto de António Barreto deveria servir para que cada um dos portugueses reflectissem sobre o seu papel individual na construção da sociedade em que vivem. Particularmente daqueles que têm algum tipo de papel privilegiado na conformação da mesma sociedade e na elevação dos seus valores mais básicos. O mesmo texto deveria ser dado aos alunos das escolas para respectivo estudo e reflecção. Ou, como defende José Manuel Fernandes no editorial do Público de quinta-feira, 11 de Abril, “enfie o barrete quem sentir que ele lhe serve, mas aquelas palavras mereciam ser afixadas em todo o lado, pois em todo o lado se esquece a importância dos bons exemplos”.

Standard

Deixe um comentário