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Dia #192 de 2012

Quinta-feira, 12 de Julho de 2012
Ando há algumas semanas a planear uma viagem de carro a Bilbao. Tudo começou quando descobri que os Radiohead iriam ali tocar. Dada a minha impossibilidade de ir a Lisboa no Domingo, por ser o meu primeiro dia de trabalho após as férias, decidi que podia ser uma boa solução para ver uma das minhas bandas favoritas.

Durante os preparativos, ontem e hoje, fiquei (como fico sempre nestas circunstâncias) com a sensação de que me faltava alguma coisa. Mas ao conferir, não me lembrava do que pudesse faltar. Mais à frente, já durante a viagem, lembrei-me que poderia ter escolhido uns CDs para tocar durante a viagem e evitar ouvir os espanhóis que falam pelo cotovelos.

Saí às onze em ponto. Tinha planeado sair às nove, mas foi difícil levantar a cabeça depois de ter estado até de madrugada a terminar os gráficos para o Barco Rock Fest e a coisa parecia não começar da mesma forma.

Durante a minha pesquisa encontrei um local que me pareceu acolhedor. Como não fazia questão de ficar em Bilbao, procurei ao longo da costa. Em plena Cantábria, perto da estância balnear de Castro Urdiales, encontrei a La Llosa de Sámano. As fotos do site indicavam uma envolvente natural esplendorosa. A casa fez-me lembrar a que aparece no filme Psycho, mas a cores e com um ar muito mais acolhedor.

Demorei pouco mais de oito horas a percorrer os cerca de setecentos quilómetros. Atravessei quase toda a Espanha em auto-estrada e sem pagar qualquer portagem o que, a um português obrigado a pagar portagens em tudo quanto é auto-estrada, incluindo aquelas que foram construídas para ser “sem custos para o utilizador”, não pode deixar de parecer estranho.

Um sujeito que andava a regar o jardim da casa (que reconheci logo pelas fotografias que tinha visto) e ao dar pela chegada do carro, fez questão de parar o que estava a fazer para me vir receber, seguido por um cão simpático que abanava a cauda. Gostei do gesto e do tom amigável com que me saudou.

O senhor Emilio, aparenta estar na casa dos 70 e pela forma como me deu todas as explicações, ficou claro de que se tratava da sua casa e de estes ser um negócio familiar. No entanto, fez-me sentir em casa e fiquei bastante contente por a minha escolha ter sido certeira.

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